
Descubra como escolher o melhor software de gestão de contratos (CLM) e quais recursos analisar para otimizar o ciclo contratual.
Gerenciar contratos é muito mais do que arquivar documentos. É lidar com prazos, obrigações, riscos, conformidade regulatória e oportunidades de negócio. Por isso, a adoção de um software de gestão de contratos (CLM – Contract Lifecycle Management) deixou de ser diferencial e tornou-se uma necessidade estratégica para empresas de todos os portes.
Mas diante de tantas soluções disponíveis, como selecionar a mais adequada para o seu negócio? A seguir, apresentamos um guia completo com os principais critérios para avaliar antes de tomar sua decisão.
Por que investir em um software de gestão de contratos?
Empresas que ainda recorrem a métodos manuais, como pastas de rede, planilhas, documentos PDF dispersos ou múltiplos sistemas fragmentados, se expõem a riscos graves e custosos, como detalhamos a seguir.
1. Perda de prazos críticos e penalidades financeiras
A má gestão contratual pode representar uma perda de receita de até 9,2% do faturamento anual, e, em empresas de maior porte, esse impacto pode chegar a 15%. Além disso, contratos mal geridos frequentemente sofrem renovações automáticas indesejadas ou expiração sem tratamento, aumentando riscos e custos relacionados a litígios ou oportunidades perdidas.
2. Falta de rastreabilidade e baixa visibilidade em auditorias
Entre 55% e 70% das empresas não dispõem de sistemas eficientes para gestão de contratos, o que implica baixa visibilidade e dificuldade em localizar documentos relevantes. Um estudo revelou que 71% das empresas não conseguem encontrar 10% ou mais de seus contratos, resultando em graves falhas de governança e compliance.
3. Erros de versão e retrabalho jurídico
A criação e revisão manuais custam caro: um contrato simples pode demandar até US$ 6.900 só para ser processado e revisado. Aproximadamente 89% das organizações consideram seu processo contratual como “não muito efetivo”.
4. Processos morosos, que atrasam aprovações e fechamento
Uma análise revelou que fluxos de aprovação manuais podem atrasar ciclos contratuais em 3 a 4 semanas, impactando diretamente o ritmo comercial e o fluxo de caixa. Em contrapartida, o uso de sistemas CLM reduz o tempo do ciclo de contratos em cerca de 80%, acelerando o processo do início ao fim.
5. Impossibilidade de medir KPIs importantes
Cada hora que um advogado interno gasta com atividades repetitivas relacionadas a contratos representa um custo de US$ 122. Ainda, estudos indicam que ineficiências no gerenciamento podem causar vazamentos de até 40% do valor de um contrato, além de representarem até 9% do faturamento anual.
Como um software CLM (Contract Lifecycle Management) supera esses gargalos
1. Automação e redução de custos
Soluções CLM reduzem custos administrativos em 25% a 30%, liberando equipes para atividades estratégicas
Estima-se que, para cada US$ 1 investido em CLM, as empresas podem recuperar entre US$ 91 e US$ 183 em receita — um ROI expressivo.
2. Melhora de compliance e visibilidade
A adoção de CLM baseado em automação melhora a conformidade em até 55% e garante maior visibilidade dos riscos contratuais. Empresas que enxergam o risco contratual como crítico demonstram muito mais probabilidade de usar CLM. 87% dessas empresas relatam visibilidade clara dos riscos, enquanto apenas 4% de quem ainda é manual tem essa percepção.
3. Aceleração do ciclo contratual e ganho em eficiência
A automatização pode tornar os ciclos de negociação 50% mais rápidos, reduzindo erros de pagamento em até 90%.
O tempo de revisão manual de contratos, cerca de 92 minutos, em média, pode ser quase eliminado com CLM avançado, especialmente quando combinado com IA.
4. Mercado em expansão e adoção crescente
O mercado global de CLM deve crescer de US$ 1,5 bilhão em 2022 para US$ 3 bilhões em 2032, com um CAGR (Taxa Anual Composta) de cerca de 13,5%. No momento, aproximadamente 55% dos departamentos jurídicos corporativos já utilizam algum sistema CLM, sinalizando que ainda há amplo espaço para adoção.
Principais critérios para escolher o software de gestão de contratos
1. Automação e criação de documentos
A automação é um dos pilares de um software de gestão de contratos moderno. Além de modelos personalizáveis e bibliotecas de cláusulas, é importante que o sistema permita pré-preencher contratos a partir de dados já existentes no CRM ou ERP, eliminando retrabalho. A automação também deve contemplar cláusulas condicionais (que mudam conforme o tipo de contrato ou valor negociado), reduzindo erros e garantindo padronização. Isso não apenas acelera a elaboração de documentos, como também garante consistência jurídica em todas as versões.
2. Armazenamento centralizado e seguro
Ter todos os contratos em um único repositório digital, baseado em nuvem, evita a dispersão em pastas locais, e-mails ou sistemas paralelos. O armazenamento deve oferecer backup automático, versionamento de documentos e controle granular de permissões, permitindo definir quem pode visualizar, editar ou aprovar cada contrato. Outro diferencial é a pesquisa semântica, que vai além de palavras-chave, localizando cláusulas específicas ou termos sensíveis em segundos.
3. Fluxo de aprovações configurável
Empresas diferentes, contratos diferentes. Um bom CLM deve permitir criar fluxos de aprovação customizados, adaptando-se à realidade do negócio. Por exemplo: contratos de fornecedores estratégicos podem demandar aprovação do jurídico e do financeiro, enquanto contratos menores podem seguir fluxo simplificado. Além disso, notificações automáticas, lembretes de pendências e trilha de auditoria completa ajudam a evitar gargalos e reduzem a dependência de trocas de e-mails demoradas.
4. Gestão da negociação
A etapa de negociação costuma ser a mais crítica do ciclo contratual. Por isso, a plataforma deve oferecer recursos como edição colaborativa em tempo real, controle de versões (redline tracking), comentários integrados e histórico de interações. Isso permite que todas as alterações fiquem registradas, facilitando a comparação entre versões e assegurando transparência. Com esses recursos, gestores e advogados podem acompanhar quem sugeriu determinada alteração, em que momento e com qual justificativa, uma base sólida para decisões seguras.
5. Pesquisa avançada e relatórios
Não basta armazenar contratos: é preciso extrair inteligência deles. Softwares robustos oferecem filtros avançados de busca (por data, valor, partes envolvidas, cláusulas específicas) e relatórios estratégicos. Dashboards com KPIs como tempo médio de aprovação, taxa de renovações automáticas e contratos prestes a expirar permitem que gestores ajam de forma proativa. Essa visibilidade contribui para evitar riscos financeiros e identificar oportunidades de renegociação antes que prazos críticos sejam ultrapassados.
6. Segurança baseada em nuvem
Segurança é fator não negociável. Um bom sistema deve oferecer criptografia ponta a ponta, autenticação multifator, backups redundantes e conformidade com legislações como LGPD e GDPR. Além disso, perfis de acesso segmentados garantem que cada colaborador veja apenas os contratos relevantes à sua função. Outro diferencial é a geolocalização de acessos, permitindo rastrear logins suspeitos e reforçar a proteção contra fraudes e vazamentos de informações sensíveis.
7. Assinatura eletrônica nativa
A assinatura eletrônica integrada ao sistema elimina a necessidade de recorrer a soluções externas, tornando o processo mais rápido e seguro. O ideal é que a plataforma permita tanto assinaturas eletrônicas simples quanto assinaturas avançadas ou qualificadas (com certificado digital ICP-Brasil, por exemplo), assegurando validade jurídica em diferentes contextos. Esse recurso acelera fechamentos de contratos, reduz custos com logística de documentos físicos e amplia a eficiência em negociações remotas.
8. Integração com outras ferramentas
Um CLM isolado perde valor. É fundamental que ele se integre com os principais sistemas já utilizados pela empresa, como CRM (para puxar dados de clientes), ERP (para informações financeiras e fiscais), sistemas de compras e plataformas de comunicação como Slack ou Microsoft Teams. Essas integrações evitam duplicidade de dados, reduzem erros manuais e criam uma operação fluida, onde informações circulam de forma automática e transparente entre setores.
9. Facilidade de uso e adoção
A melhor tecnologia pode fracassar se não for usada. Portanto, o software deve ter interface intuitiva, menus claros e curva de aprendizado curta. Recursos como tutoriais, suporte multilíngue, atendimento rápido e treinamentos personalizados são diferenciais que facilitam a adoção. Além disso, o sistema deve funcionar em diferentes dispositivos (desktop, tablet e celular), permitindo que aprovações e consultas sejam feitas de forma ágil, mesmo em mobilidade.
10. Escalabilidade e custo-benefício
A escolha deve considerar não apenas as necessidades atuais, mas também as futuras. Um CLM escalável permite que a empresa adicione novos usuários, módulos e integrações à medida que cresce. Quanto ao custo-benefício, é importante avaliar não apenas o preço da licença, mas os ganhos indiretos, como redução de riscos jurídicos, diminuição de retrabalho, menos horas gastas em renegociações e maior previsibilidade financeira. O investimento deve ser visto como estratégico, não apenas operacional.
Benefícios estratégicos de um bom software de gestão de contratos
A implementação de um software de gestão de contratos não deve ser vista apenas como digitalização de documentos, mas como um fator de transformação estratégica. Organizações que adotam plataformas robustas de CLM relatam ganhos expressivos em eficiência, redução de riscos e vantagem competitiva. Entre os principais benefícios, destacam-se:
1. Redução significativa no tempo do ciclo contratual
Estudos apontam que empresas que utilizam CLM conseguem reduzir em até 30% o tempo médio de fechamento de contratos, e em alguns casos, esse ganho pode chegar a 80% dependendo do grau de automação adotado. Isso ocorre porque o sistema elimina gargalos como trocas manuais de e-mails, versões duplicadas de documentos e fluxos de aprovação lentos. Como resultado, negócios são fechados mais rapidamente, acelerando a geração de receita e aumentando a capacidade de resposta da empresa em processos de compra e venda.
2. Menor incidência de litígios e riscos jurídicos
Um dos grandes problemas da gestão manual é o descumprimento de cláusulas contratuais por falhas no acompanhamento de obrigações ou perda de prazos. Empresas que adotam CLM relatam queda relevante no volume de litígios, já que o sistema envia alertas automáticos, centraliza versões e cria trilhas de auditoria completas, eliminando ambiguidades. Além disso, estimativas mostram que falhas em contratos podem representar até 9% da receita anual perdida, um impacto que o CLM ajuda a mitigar ao reduzir erros de compliance e reforçar a segurança jurídica.
3. Maior poder de negociação com base em dados
Ter acesso a dados consolidados sobre todos os contratos vigentes é uma vantagem competitiva crucial. Com relatórios sobre cláusulas padrão, valores de mercado e históricos de fornecedores, as empresas conseguem negociar com base em evidências e benchmarking interno. Essa prática eleva a assertividade das negociações e possibilita a identificação de cláusulas desfavoráveis ou condições que podem ser renegociadas. Estudos indicam que organizações que utilizam CLM avançado têm até 25% mais eficiência em negociações contratuais, gerando economias diretas e maior previsibilidade financeira.
4. Compliance fortalecido e governança aprimorada
Em um ambiente cada vez mais regulado, a conformidade contratual deixou de ser apenas uma boa prática: tornou-se condição de sobrevivência corporativa. O CLM fornece registros claros e auditáveis de cada etapa do ciclo contratual, garantindo conformidade com legislações como LGPD e GDPR. Além disso, auditorias internas e externas tornam-se mais rápidas, já que todas as versões e aprovações ficam documentadas em um repositório seguro. Empresas que adotam CLM relatam melhora de até 55% nos níveis de conformidade, reduzindo riscos regulatórios e financeiros.
5. Tomada de decisão baseada em dados e indicadores (KPIs)
O CLM transforma contratos de meros documentos estáticos em fontes de inteligência estratégica. Com dashboards e relatórios customizados, gestores podem acompanhar indicadores como:
- Tempo médio de ciclo contratual;
- Percentual de renovações automáticas;
- Número de contratos prestes a expirar;
- Economia obtida em renegociações.
Segundo dados de mercado, empresas que medem e atuam sobre KPIs contratuais conseguem reduzir custos operacionais em até 20% e aumentar a previsibilidade de riscos financeiros. Essa visão baseada em dados permite que o jurídico e a área de negócios atuem de forma mais estratégica, saindo do papel reativo e assumindo protagonismo no crescimento da empresa.
Conclusão: transforme a gestão de contratos em vantagem competitiva
A escolha do melhor software de gestão de contratos deve ser pautada em uma análise criteriosa de recursos, usabilidade e aderência às necessidades específicas do negócio. Um CLM robusto não apenas organiza documentos, mas potencializa a eficiência operacional, a segurança jurídica e o crescimento sustentável da empresa.
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