Burnout, uma síndrome que afeta cada vez mais os escritórios de advocacia

aDoc • 16 de janeiro de 2022

A síndrome de Burnout é conhecida por impactar a vida profissional de milhares de pessoas em todo o mundo. E os advogados não estão imunes. Pelo contrário, esse inimigo é cada vez mais comum nos escritórios de advocacia. Veja aqui o que é burnout e como se manifesta nos advogados!

Burnout: principais características do esgotamento emocional

O termo burnout foi introduzido pela primeira vez em 1974 pelo psiquiatra americano G. Freidenberger. Segundo Freidenberger, o esgotamento profissional é um estado geral negativo de uma pessoa que se desenvolve no contexto de estresse crônico nas condições da atividade profissional. Essa condição, por sua vez, pode levar ao esgotamento mental e emocional e se transforma em um processo gradual de perda de interesse profissional.

Em 2019, a Organização Mundial da Saúde [OMS] incluiu a síndrome na classificação internacional de doenças, definindo o burnout como síndrome de exaustão emocional associada ao estresse crônico no trabalho e de risco ocupacional. Por essa razão, o burnout está associado à redução da produtividade profissional e a intenção de deixar o ambiente de trabalho. 

De modo geral, essa condição costuma aparecer naqueles que se dedicam a profissões assistenciais e investem grande parte de sua energia no trato os problemas de outros seres humanos. Especialistas concordam que geralmente aparece em pessoas cujos trabalhos estão ligados à atenção personalizada de outras pessoas. Neste sentido, observa-se que os entre os profissionais mais propensos - juntamente como professores, médicos, psicólogos e psiquiatras - estão os advogados, afetando principalmente aqueles que estão muito comprometidos com o seu trabalho e acabam por estar mais ligados às atividades e às pessoas que atendem.

Sob o ponto de vista mais geral, o Burnout pode ser caracterizado em três dimensões:

  • uma sensação de baixa energia e exaustão
  • desgaste emocional e físico;
  • capacidade reduzida de desempenho no trabalho.

O burnout também pode incluir sinais físicos como dores de cabeça frequentes, problemas digestivos, problemas de sono e dores no peito. No que tange ao psicológico, podem estar presentes:

  • ataques de pânico;
  • raiva;
  • irritabilidade;
  • desesperança;
  • desamparo;
  • perda geral de prazer.

Bom saber! No Brasil, a síndrome de burnout integra o quadro de doenças ocupacionais do Ministério do Trabalho e Emprego. A síndrome está oficializada a partir de 1º de janeiro de 2022.

Por que os advogados são alvos fáceis de burnout?

O fato de os advogados experimentarem taxas de burnout particularmente altas sugere que alguns fatores estressantes, típicos de ser advogado, devem ser considerados, pelo menos, como causas contribuintes. Entre as quais se destacam pressões de vários tipos, sobrecarga de trabalho, competitividade, necessidade de se manter constantemente atualizado. Assim como dificuldades em conciliar a vida pessoal com obrigações profissionais. Tudo isso os torna vulneráveis a alto nível de stress.

Assim, alguns fatores envolvidos na vida profissional dos advogados constituem risco para o aparecimento dessa síndrome, como:

  • longas jornadas de trabalho;
  • variações na renda salarial;
  • grau de vulnerabilidade;
  • conflito nos serviços oferecidos ao cliente.

Quais os sentimentos que tomam contam do profissional com burnout?

A síndrome de burnout faz com o que o profissional tenha sentimentos de baixa realização pessoal e profissional, percepção negativa do próprio trabalho, assim como incapacidade de suportar pressões. Essas sensações ficam evidentes ao passar por essa condição. Em longo prazo, pode até causar problemas de relacionamento pessoal com clientes e colegas de trabalho.

Quais os ambientes de trabalho mais propícios ao burnout?

A síndrome de burnout geralmente ocorre em ambientes de trabalho com:

  • volumes e ritmos de trabalho excessivos;
  • horários e condições rígidas ou inflexíveis;
  • tarefas monótonas;
  • atribuição de atividades que excedem a capacidades e recursos do trabalhador.

Um motivador comum também está relacionado a horas excessivas. 75% dos advogados frequentemente trabalham fora do horário comercial normal e, em média, 140 horas não planejadas por ano – o que equivale a cerca de 3,5 semanas por ano de trabalho não planejado, o que evidencia o esgotamento. Além disso, a cultura profissional dos escritórios de advocacia podem ser ambientes competitivos, construídos sobre uma tradição de excesso de trabalho e valorizando a cultura de "profissionais sobrecarregados".

Como os advogados podem reconhecer a síndrome de burnout?

Algumas sensações comuns são a constante vontade de mudar de emprego, não ter certeza do que vai fazer e se sentir exausto, assim como aquela sensação de inadequação, o desejo de fugir e "largar tudo". De modo geral, aqueles que sofrem de burnout passam por um processo de "desgaste", falta de energia, incapacidade de suportar o estresse acumulado.

Lista de sintomas que os profissionais devem observar:

  • sensação de fadiga constante, independentemente de quanto você descansou;
  • diminuição da atividade e energia, letargia, sonolência;
  • exaustão emocional e falta de curiosidade por algo novo e interessante;
  • dores de cabeça frequentes sem causa;
  • perda de peso repentina ou ganho de peso súbito;
  • insônia completa ou parcial;
  • indiferença, tédio, passividade, diminuição do humor;
  • irritabilidade aumentada;
  • colapsos nervosos frequentes;
  • aumento da ansiedade;
  • uma visão negativa em todas as esferas da vida;
  • produtividade do trabalho é baixa;
  • procrastinação e dificuldade em tomar decisões.

Por fim, vale destacar que os primeiros "sinais" do burnout podem ser identificados pela atividade excessiva, renúncia às necessidades pessoais, limitação dos contatos sociais - muitos especialistas, especialmente os jovens, distinguem-se por essa preocupação com um novo emprego. A sensação constante de cansaço, distração também é um sintoma familiar para muitos.

Veja outros Artigos

Estruturação de cláusulas ESG com métricas e auditoria
30 de novembro de 2025
Cláusulas ESG exigem métricas, auditoria e supervisão. Saiba como estruturar obrigações verificáveis e proteger a cadeia de fornecimento com segurança jurídica.
28 de novembro de 2025
Gestão de prazos evita multas, renovação automática e riscos contratuais. Saiba como empresas eliminam falhas em vencimentos e renovações com controle e método. Controle de vencimentos e renovações protege o negócio e reduz riscos Renovações e vencimentos são marcos contratuais que definem a continuidade das relações comerciais, jurídicas e operacionais. Perder um prazo ainda representa um dos erros mais custosos para empresas que dependem de contratos. Penalidades, multas, bloqueios de serviço, perda de garantias e até rescisões antecipadas costumam surgir por uma única razão: ausência de método confiável de controle. O ponto central permanece simples e decisivo. Um contrato não existe apenas para formalizar obrigações. A administração de riscos e a proteção do negócio dependem da capacidade de antecipar datas críticas. Quando um vencimento passa despercebido, a falha raramente está no contrato. O problema recai na gestão. Por que a improvisação ainda compromete a gestão de contratos A cultura do improviso transforma a gestão de prazos em exercício de reação. Muitas organizações tratam renovações e vencimentos como eventos isolados. Reagem quando o prazo já está próximo. Renovam sem revisão de cláusulas. Assumem aumentos de custo porque não houve planejamento prévio. Acúmulo de despesas, renovação automática indesejada e perda de oportunidades de renegociação são consequências previsíveis quando não existe disciplina no controle. Negócios que trabalham com maturidade contratual seguem outra lógica. O ciclo do contrato passa a ser visto como processo contínuo, integrado à governança e ao planejamento. Revisões periódicas, registro de datas críticas e análises de performance dos fornecedores criam previsibilidade. As decisões deixam de ser motivadas pela urgência e passam a ser guiadas por critérios de custo, risco e estratégia. Organizações que abandonam o improviso percebem valor direto no controle. O gerenciamento de prazos influencia orçamento, relacionamento com parceiros, continuidade operacional e até competitividade. A previsibilidade contratual representa vantagem que não depende de sorte. Depende de método. Impactos diretos de um prazo perdido Perder prazos não representa apenas um problema operacional. A repercussão atinge dimensões estratégicas e jurídicas, como: multas e penalidades aplicadas por fornecedores e parceiros renovação automática indesejada bloqueio de serviço ou suspensão de fornecimento perda de garantias, condições especiais e nível de serviço aumento de custos por reajuste não negociado litígios por falha contratual quebra de compliance e governança Renovações e vencimentos pedem governança A gestão tradicional sempre soube trabalhar com antecedência, calendário e registro. Processos sólidos se constroem com previsibilidade e disciplina. O universo digital apenas potencializou essa lógica. O software opera como reforço da governança. Não como substituto do método clássico. Renovar, encerrar ou renegociar contratos exige informações confiáveis e determinantes como: quando o contrato termina qual o prazo de aviso prévio quem carrega a responsabilidade pela negociação quais cláusulas condicionam a renovação qual o histórico daquele fornecedor O ponto crítico: centralização do ciclo contratual Gestão manual, fragmentada e dependente de planilhas tende à vulnerabilidade. Cada novo contrato replica o risco, visto que o software não cumpre apenas a função de digitalizar documentos. A organização das etapas e a automação de alertas reduzem a dependência de memória ou boa vontade. Um CLM como aDoc disponibiliza: controle centralizado do ciclo contratual alertas automáticos de vencimentos e prazos críticos renovação programada e documentada histórico consolidado de negociações workflow com responsáveis e aprovação formal registro de decisões e documentos Renovação contratual estratégica representa decisão Contratos chegam ao vencimento diariamente. A questão central envolve o modelo de gestão adotado. Organizações com maturidade contratual tratam renovação e vencimento como decisão estratégica. Cada ciclo representa um momento de avaliação e não apenas uma continuidade automática. Renovar Renovar um contrato significa validação do desempenho e continuidade da relação jurídica. A renovação ocorre quando o fornecedor atende requisitos de qualidade, preço e governança. A decisão deve se apoiar em métricas e indicadores. Empresas que renovam sem análise assumem riscos de custo e qualidade. Renegociar Renegociação representa oportunidade de ajustar preços, prazos, escopo e indicadores de desempenho. Negócios que trabalham com previsibilidade utilizam o período de pré-renovação para melhorar condições e revisar obrigações. Renegociar fortalece o contrato e reduz vulnerabilidades no ciclo seguinte. Encerrar Encerrar um contrato faz parte da gestão profissional. O encerramento estratégico evita continuidade de serviços desnecessários, elimina custos e libera recursos. Decisão de término exige revisão documental, obrigações pendentes e planejamento de transição para evitar impacto operacional. Reestruturar escopo Reestruturação de escopo ocorre quando o serviço precisa ser adaptado a novas demandas. Mudanças tecnológicas, aumento de portfólio ou redução de atividade exigem revisão. Alterações bem planejadas evitam aditivos imprecisos e previnem judicializações por falhas contratuais. Substituir fornecedor Substituição de fornecedor pede análise de risco, qualificação e compliance. Empresas maduras planejam transição, definem critérios de performance e buscam fornecedores com maior aderência ao resultado esperado. A troca sem método resulta em descontinuidade e perda de qualidade. Consolidar contratos Consolidação reduz custo, simplifica gestão e minimiza risco. Contratos dispersos geram redundâncias e aumento dos custos administrativos. A consolidação também facilita auditorias e controles internos. Nota : Processos previsíveis sustentam decisões consistentes. Quando a gestão depende de lembretes informais ou planilhas descentralizadas, a previsibilidade se perde. A ausência de método abre margem para multas, renovação automática, falhas de comunicação e litígios. Organizações que tratam renovação como decisão estruturada eliminam riscos jurídicos e financeiros e fortalecem governança. O valor final de uma boa gestão de prazos Prazos funcionam como termômetro da saúde contratual. Uma única falha costuma custar muito mais do que o valor do contrato. Controle elimina improviso. Software reduz margem de erro. Método padronizado protege a operação. A pergunta permanece válida e provocativa. Você ainda perde prazos ou sua empresa já trata renovações e vencimentos como parte de uma gestão profissional de contratos? A administração contratual de alto nível combina tradição e tecnologia. Negócios que dominam esse ciclo operam com uma vantagem que nenhuma concorrência compensa. A maturidade contratual começa com método Controle de prazos, renovação estratégica e centralização do ciclo contratual elevam a performance da gestão. A aDoc estrutura contratos com segurança, reduz riscos e fortalece decisões. Domine o ciclo de vida contratual com previsibilidade e tecnologia. Conheça a aDoc e transforme sua gestão de contratos
Tecnologia aplicada à gestão contratual profissional com automação, organização e governança para co
26 de novembro de 2025
Software aDoc fortalece a gestão de contratos com automação, governança e controle. Contratos tornam-se ativos estratégicos e reduzidos os riscos.