Você sabe o que é Smart Work? Descubra aqui!

Depois da tendência do teletrabalho, um novo termo é cada vez mais presente no vocabulário de muitos empresários e colaboradores: Smart Work. Saiba mais sobre essa tendência.

O que é e como funciona o Smart Work?

Até o início de 2020, um grande número de empresas em todo o mundo ainda acreditava que a assistência física ao trabalhador em seu local de trabalho resultava em aumento de produtividade. Entretanto, com a pandemia de Covid-19, o confinamento e o distanciamento social obrigaram muitas empresas a se transformarem digitalmente e a adotar novos modelos de trabalho para manter as operações em funcionamento.

Diante dessa nova situação, muitas empresas decidiram implantar o teletrabalho. Mas muitos outros quiseram ir mais longe e implementaram o chamado Smart Work, um novo modelo de trabalho que integra o teletrabalho com as novas tecnologias, para que os trabalhadores sejam totalmente autónomos e tenham todos os recursos de que necessitam para realizar o seu trabalho na forma como eles consideram o melhor.

Neste sentido, o Smart Work pode ser definido como uma nova filosofia de gestão baseada em dar aos trabalhadores flexibilidade e autonomia:

na escolha do espaço de trabalho;
horários;
ferramentas a serem utilizadas;
maior responsabilidade pelos resultados.

Em síntese, essa mudança implica repensar as formas de trabalho, eliminando as limitações derivadas de estar em espaço fixo e de modelos tradicionais de escritório na busca de três pilares básicos: personalização, flexibilidade e virtualidade.

Diferença entre Smart Work e Teletrabalho

Quando uma empresa implementa o teletrabalho significa que tem os seus colaboradores a partir de um local determinado e estável, que, embora esse local não seja o escritório, e normalmente é em casa. Mesmo não trabalhando localmente, o colaborador ainda tem que cumprir uma série de regras, horários e continuar a usar as ferramentas estabelecidas pela empresa.

No caso do Smart Work, essas limitações são superadas, pois o trabalhador tem absoluta liberdade para decidir a qualquer momento de onde trabalhar (casa, aeroporto, coworking, hotel, restaurantes, bares, salas de espera, etc.). Igualmente, poderá se deslocar de um local diferente a cada dia, decidir será o seu horário de trabalho [que também pode ser diferente a cada dia] e quais ferramentas deseja usar para fazer seu trabalho.

Logo, pode-se afirmar que o Smart Work é uma evolução natural do teletrabalho, que tem acrescentado maior mobilidade e versatilidade às características do “tradicional” trabalho a distância.

Principais fundamentos do modelo Smart Work

Em resumo, o Smart Work é conhecido como um novo modelo de trabalho que utiliza as novas tecnologias e o desenvolvimento das tecnologias existentes para melhorar o desempenho e a satisfação obtida no trabalho. Embora seja um conceito muito amplo, pode ser resumido em ideias-chave:

uma forma mais lucrativa de trabalhar - de muitas maneiras, não apenas em termos financeiros;
e o uso de tecnologia para realizá-la.

Como o Smart Work se diferencia:

O trabalho inteligente não depende de um determinado espaço físico ou tempo de trabalho. Em vez disso, concentra-se na tarefa ou meta a ser concluída.
As técnicas de trabalho inteligentes contam com processos e ferramentas de trabalho automatizado.
Os membros da equipe são responsáveis por atingir metas mensuráveis.
O trabalho inteligente também pressupõe que os trabalhadores provavelmente usarão espaços flexíveis em seu trabalho.

Por fim, o é objetivo é otimizar a eficiência do trabalho e aumentar o bem-estar profissional que, posteriormente, leva ao aumento da produtividade.

Vantagens para a empresa

Em primeiro lugar, a empresa se beneficia de economias financeiras para manutenção de escritório, transporte ou suprimentos em geral como material de escritório, eletricidade, aquecimento, etc.

Além disso, as vantagens obtidas com a introdução do "trabalho inteligente" podem ser medidas em termos de:

aumento de produtividade
redução do absenteísmo
redução de custos para espaços físicos

Quais são os benefícios para o trabalhador?

Economia: uma grande vantagem para o trabalhador é a economia de tempo no trajeto casa - trabalho, principalmente nas viagens entre grandes cidades.

Mais liberdade e autonomia: o trabalhador consegue adquirir maior autonomia e pode gerir melhor o seu trabalho.

Melhora a relação com as pessoas de quem gostamos: o trabalho inteligente melhora o equilíbrio cada vez mais importante entre o trabalho e a vida privada. Quem trabalha de forma inteligente consegue administrar melhor o tempo com a família, melhorando assim o relacionamento entre os membros da família.

Finalmente, o trabalho inteligente torna possível produzir benefícios mensuráveis também para o meio ambiente, especialmente em termos de:

redução das emissões de CO2
redução de tráfego
melhor uso do transporte público

Conclusão

Como podemos observar até aqui, esta metodologia de trabalho baseia-se na confiança entre a empresa e o trabalhador, na comunicação clara e transparente entre os dois e no cumprimento dos objetivos por parte do trabalhador. O objetivo não é que o trabalhador trabalhe uma série de horas estabelecidas, mas sim que cumpra os objetivos que tem. Para o conseguir, é necessária uma boa coordenação de ambas as partes.

Na prática, os colaboradores que se encaixam neste conceito são aqueles que desejam alcançar melhores resultados e um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional em qualquer idade. Eles querem evitar viagens desnecessárias usando a tecnologia para participar de reuniões virtualmente onde faz mais sentido, por exemplo. Por outro lado, esses funcionários estão mais voltados para a colaboração e a flexibilidade e são menos apegados às abordagens tradicionais.

Para as empresas abertas a essa tendência, sem dúvidas, o Smart Work pode ser uma experiência e um caminho de aprendizagem para que cada vez mais os trabalhadores possam usar o seu conhecimento e tecnologia para tomar suas decisões de forma independente. Assim como medir o sucesso e desempenho de seus funcionários pelas suas metas e resultados esperados, e não onde ou quando ele está no trabalho ou como é executado.

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Quais leis todo gestor de contratos precisa conhecer?

18 de setembro de 2025

A gestão de contratos é um campo que conecta jurídico, compliance e operações . Não se trata apenas de guardar assinaturas, mas de garantir que cada acordo firmado esteja em conformidade legal e seja executado com segurança. Para isso, é essencial conhecer as principais leis que impactam diretamente a redação, execução e acompanhamento dos contratos. A seguir, você confere os marcos legais que todo gestor de contratos deve ter no radar e como eles influenciam o dia a dia da gestão contratual. Código Civil: a espinha dorsal dos contratos O Código Civil (Lei nº 10.406/2002) é a base normativa das relações contratuais privadas no Brasil, definindo os princípios centrais que norteiam todos os contratos, como a boa-fé objetiva (agir com lealdade e transparência), a função social (o contrato não pode servir a um fim ilícito ou prejudicar terceiros) e o equilíbrio entre as partes. Na prática, isso significa que cláusulas consideradas abusivas ou que desequilibrem excessivamente a relação podem ser revistas judicialmente. Para gestores, compreender esses princípios é vital para evitar contratos frágeis, que podem ser questionados e anulados em disputas jurídicas. Alguns princípios definidos pelo Código Civil: Boa-fé: exige comportamento leal, transparente e cooperativo das partes, desde a negociação até a execução do contrato. Na prática, cláusulas escondidas, omissões de informação ou tentativas de vantagem desproporcional podem ser consideradas violação da boa-fé. Função social : determina que o contrato não pode servir a fins ilícitos nem prejudicar terceiros ou a coletividade. Por exemplo, um contrato que afete negativamente o meio ambiente ou viole normas de ordem pública pode ser invalidado. Equilíbrio contratual : busca evitar que uma das partes assuma riscos excessivos ou obrigações desproporcionais em relação à outra. Esse princípio fundamenta, por exemplo, a revisão contratual em situações de onerosidade excessiva. Relações de trabalho e contratos empresariais Os contratos de prestação de serviços, terceirização e consultoria exigem atenção especial às normas trabalhistas. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e a Lei da Terceirização (Lei nº 13.429/2017) determinam limites e responsabilidades que podem recair sobre o contratante, inclusive em casos de passivos trabalhistas. Além disso, contratos empresariais de maior complexidade, como acordos de acionistas ou de governança, se apoiam na Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/1976) . Para gestores, o risco está em ignorar essas normas e acabar assumindo responsabilidades que deveriam ser distribuídas entre as partes. Uma empresa, por exemplo, que contrata serviços terceirizados de limpeza ou TI precisa se assegurar de que o contrato contemple responsabilidades previdenciárias e trabalhistas para não ser responsabilizada solidariamente em caso de ação judicial. Licitações e contratos com o setor público Se a sua empresa fornece produtos ou serviços para órgãos governamentais, o marco regulatório principal é a Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/2021) . Esta lei trouxe mudanças profundas na forma como contratos públicos são elaborados, fiscalizados e executados, substituindo gradualmente a antiga Lei nº 8.666/1993 . Nessa área, o gestor deve lidar com formalidades rígidas, como prazos de execução, regras de reajuste, penalidades e garantias contratuais são todos definidos em lei. Um descuido pode significar não apenas multas, mas também a perda do direito de contratar com a Administração. Proteção de dados e compliance A era digital trouxe novos riscos para os contratos. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018) exige que todo contrato que envolva coleta, armazenamento ou compartilhamento de dados pessoais contenha cláusulas claras sobre responsabilidade e segurança da informação. Paralelamente, a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) ampliou a necessidade de cláusulas de integridade, auditoria e rescisão motivada por atos ilícitos. Hoje, praticamente todo contrato corporativo precisa de dispositivos que tratem de compliance e governança . Relações de consumo e contratos regulados Quando a relação envolve consumidores finais, o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) é o principal norteador. Ele protege a parte considerada mais vulnerável na relação e impõe limites a cláusulas abusivas, especialmente em contratos de adesão. Além disso, há legislações específicas que regulam modelos contratuais complexos, como a Lei de Franquias (Lei nº 13.966/2019) , que obriga franqueadores a fornecer informações pré-contratuais detalhadas para evitar litígios futuros. Cenário internacional: comércio exterior e padronizações Empresas que atuam no mercado global precisam lidar com regras próprias. A Convenção de Viena (CISG) regula contratos de compra e venda internacional de mercadorias, estabelecendo parâmetros aceitos em diversos países. Já os Incoterms (International Commercial Terms) , publicados pela Câmara de Comércio Internacional, padronizam responsabilidades de transporte, seguro e risco entre comprador e vendedor. Essas normas evitam interpretações divergentes em disputas internacionais. Para gestores de contratos, adotar padrões reconhecidos globalmente é sinônimo de segurança jurídica e operacional . Conclusão Conhecer a legislação aplicável não significa decorar artigos de lei, mas compreender seus impactos práticos na gestão contratual . É aqui que a tecnologia entra como aliadas, como sistemas de Contract Lifecycle Management (CLM) , como a aDoc, ajudam a manter contratos sempre em conformidade, automatizar alertas de riscos e garantir rastreabilidade.