Marketing jurídico: principais canais digitais de aquisição de clientes

aDoc • 13 de julho de 2021

Como funciona o marketing digital para escritórios de advocacia? Quais são os canais digitais mais eficientes? Neste artigo, daremos a você uma visão geral dos canais de aquisição mais importantes para alcançar seu público-alvo e conquistar clientes online.


O que é um canal de marketing digital?

O marketing digital é um termo amplo. Abrange todos os canais, ferramentas e métodos de marketing que podem ser usados ​​para anunciar produtos e/ou serviços na internet, tais como os mecanismos de busca ou pesquisa, sites, blogs, mídia social, e-mail e aplicativos móveis.

Para ter eficácia nas suas estratégias, existem vários canais de marketing com os quais você pode trabalhar. O mais importante é a cooperação ideal de todos os canais de marketing online. Com uma combinação dos canais de marketing digital que vamos mostrar aqui, você pode explorar habilmente os efeitos de sinergia do mix de marketing e aplicá-los com sucesso.

Com o marketing digital, mesmo os escritórios de advocacia de pequeno e médio porte têm as ferramentas e recursos para alcançar públicos maiores, gerar leads e conquistar mais clientes. Confira!

1. Site

No ambiente digital, a primeira impressão que a maioria das pessoas obterá sobre você e as atividades do seu escritório de advocacia virá do acesso ao seu site. Por isso, dê forma ao seu site, planeje e desenvolva uma estrutura intuitiva, um visual atraente e, claro, tenha muito conteúdo para seu público-alvo. Isso porque o objetivo das ferramentas de marketing direcionado (otimização de leads, nível de permanência e interesse, etc.) - online e offline - é o site do seu escritório de advocacia.

Portanto, dedique importância ao seu site, mantenha-o atualizado, visto que esse é o primeiro passo para seu escritório de advocacia obter autoridade e notoriedade em temas que o seu público-alvo busca. Deste modo, certifique-se de que ele representa bem sua empresa, proposta e atuação, seja rápido e ágil, bem projetado e seguro.

Bom saber! Ao desenvolver o projeto do seu site, você deve incluir uma página “Sobre nós”, aproveitando para contar sua história, destaque os valores do seu escritório de advocacia e, por fim, o que vocês fazem melhor do que ninguém.

Outra página de fundamental importância que seu site deve conter é a apresentação dos serviços que seu escritório oferece. Para isso, essa página deve ser bem planejada e estruturada de uma maneira que permita ser intuitiva e de fácil navegação. Já as páginas que listam a missão e os valores do seu escritório de advocacia têm como objetivo delinear o zelo com os clientes e o que de fato move o escritório nas áreas de atuação.

Não menos importante, você também poderá desenvolver páginas de depoimentos de clientes, um blog com conteúdos, estudos de caso, e até mesmo um FAQ para seu site. Um bom planejamento e estrutura do site vai permitir que essa e outras páginas sejam desenvolvidas e possam dar a cara ideal e verdadeira do seu escritório de advocacia.

2. Marketing em mecanismos de pesquisas

Marketing em mecanismos de pesquisa (no inglês, Search Engine Marketing - SEM) corresponde à maneira no qual o seu site na web pode ser pesquisado e encontrado no universo de páginas fornecidas pelos resultados oriundos dos mecanismos de pesquisa. Vale destacar que há uma distinção entre resultados de pesquisa de sites não pagos (SEO) e sites que encabeçam o relatório resultantes de anúncios pagos (SEA).

Otimização de mecanismos de pesquisa (SEO)

SEO (no inglês Search Engine Optimization) é a otimização de mecanismos de pesquisa que ajuda o site do seu escritório de advocacia a tornar-se visível nos resultados de pesquisa. O trabalho de SEO permite que buscas específicas a temas que são tratados em seu site, blog, entre outras páginas, possam se tornar potencialmente mais visíveis ao público interessado.

Dessa forma, otimizando os mecanismos de pesquisa, pessoas interessadas em conteúdos e serviços jurídicos quando fazem consultas ao Google, Bing, Yahoo! entre outras ferramentas de busca na internet terão muito mais chance de se deparar com as suas páginas e conhecer os serviços do seu escritórios de advocacia.

Essa prática também aumenta a chance do site do seu escritório de advocacia ser encontrado por potenciais clientes que buscam muitas vezes, em um primeiro momento, orientação inicial na Internet. Se o seu site for convincente, conferir autoridade em determinados assuntos, este poderá ser otimizado exatamente para os termos (palavras e expressões) que seus clientes potenciais buscam durante suas pesquisas no Google.

Os fatores essenciais para um SEO de sucesso incluem textos concisos e estruturados, um site tecnicamente sem falhas e adequado para diferentes tipos de dispositivos. Embora ranquear na primeira página de busca seja gratuito na plataforma de busca do Google, o avanço das páginas trabalhadas em direção ao topo das buscas vem de um trabalho de SEO árduo que necessita de disciplina no planejamento e execução.

Entretanto, os especialistas em SEO ressaltam o papel relevante desse tipo de marketing no direcionamento do conteúdo ao público-alvo e o resultado em conversão dos interessados no tema em clientes. Os custos nessa modalidade de marketing digital para seu escritório de advocacia é direcionado aos profissionais de SEO, que terão a função de melhorar a estrutura do site, estudar e catalogar as principais palavras-chave de busca e desenvolver conteúdos para a otimização técnica dos mecanismos de buscas do site.

Publicidade em mecanismos de pesquisa [links patrocinados]

Diferentemente dos esforços dedicados para obter resultados significativos com o marketing digital baseado em SEO, o marketing digital baseado em  Search Engine Advertising (SEA) ou publicidade em mecanismos de pesquisas é realizado com anúncios pagos em determinados termos de pesquisa nos quais você projeta ser os mais buscados pelos clientes potenciais que estão a navegar na rede. desejados inserem na caixa de pesquisa do Google. Não custa lembrar que os anúncios no Google agora são chamados de "Google Ads".

Neste tipo de canal, o seu anúncio será então exibido no caso de consultas de pesquisa correspondentes (termo de pesquisa correto, região selecionada, etc.) por aqueles que procuram serviços jurídicos. A publicidade paga aparece na área superior das listas de acertos, marcado com a palavra "Publicidade", ou seja, acima dos acertos que aparecem nas listas de acertos (SERP) sem pagamento devido a medidas de SEO bem-sucedidas. Não custa nada para exibir o anúncio. Somente quando uma pessoa clica em um anúncio é que os custos aumentam.

3. E-Mail Marketing

O estabelecimento consistente de uma lista de distribuição de e-mail e o envio regular de boletins informativos bem elaborados ou mesmo individualizados podem gerar resultados significativos por meio do e-mail marketing.

Em resumo, o marketing por e-mail é uma ótima maneira de gerar negócios novos e recorrentes. Você pode criar anúncios, boletins informativos, notificações e outros emails para enviar às pessoas em suas listas (segmentadas). Vale destacar que o marketing por email para advogados, assim como qualquer outro esforço de marketing, requer consistência e uma revisão regular de sua estratégia.

4. Canais de mídia social

Canais de mídia social, por sua vez, significam Twitter, Facebook, LinkedIn, Instagram, etc. Esses canais são adequados para os advogados desenvolverem o conhecimento da marca.  A mídia social pode ser usada para interagir e aprender mais sobre seus clientes, colegas, acadêmicos ou realmente qualquer pessoa em um nível mais genuíno e pessoal , seja organicamente ou por meio de anúncios.

Quando se trata de mídia social para advogados, as mais utilizadas são Facebook, Twitter, LinkedIn e Instagram, mas depende do perfil do cliente que o escritório deseja alcançar. O Instagram, por exemplo, é mais usado por um público de 18 a 35 anos. 

No que tange anúncios pagos, o marketing de mídia social é o braço mais barato do marketing digital entre todos os anúncios pagos. Os custos que podem chegar a milhares de reais com o Google Ads são mais baixos com as plataformas de mídia social. Dessa forma, você pode obter conversões mais altas com orçamentos mais baixos em seu gerenciamento de anúncios.

Agora você está se perguntando quantos canais de marketing digital você deve usar? Isso depende dos objetivos que você definiu. Por exemplo, se sua meta é conquistar novos clientes, o marketing de busca pode ser o canal certo para você. Se você deseja fortalecer a sua marca, as redes sociais são uma grande aliada. 

Dica final: O marketing não é uma prática estagnada. Ou seja, você não pode simplesmente “planejar e esquecer”. Você precisa prestar atenção às suas métricas, seus objetivos e como o seu plano de marketing está evoluindo. Assim você pode fazer ajustes e melhorar seus resultados.

Gostou deste conteúdo? Leia também: Como desenvolver estratégias de marketing jurídico para seu escritório de advocacia?


Veja outros Artigos

Fluxo automatizado do ciclo de vida contratual, ilustrando as etapas de solicitação, criação, revisã
28 de outubro de 2025
A automação da gestão de contratos transforma cada etapa do ciclo contratual, da solicitação à renovação, trazendo controle, rastreabilidade e eficiência jurídica para empresas que buscam governança e agilidade.
gerenciamento de modelos em software de automação de contratos,
22 de outubro de 2025
O gerenciamento de modelos em softwares de automação de contratos assegura padronização, governança e eficiência em todas as etapas da jornada documental corporativa, fortalecendo segurança, conformidade e produtividade.
20 de outubro de 2025
Entenda o que é automação de contratos, seus benefícios, etapas de implementação e como o CLM pode revolucionar a gestão jurídica corporativa. Por que a automação de contratos se tornou indispensável O ambiente corporativo vive uma era marcada pela urgência da eficiência, pela busca por segurança jurídica e pela necessidade de decisões baseadas em dados. Nesse contexto, a automação de contratos surge como uma das ferramentas mais poderosas da transformação digital empresarial , redefinindo a forma como organizações criam, negociam, aprovam e gerenciam seus documentos jurídicos. Mais do que um avanço tecnológico, trata-se de uma mudança estrutural na cultura de gestão corporativa , em que cada contrato passa a ser tratado como um ativo estratégico — rastreável, padronizado e totalmente integrado aos fluxos de negócio. Com a aplicação do Contract Lifecycle Management (CLM) , as empresas conseguem administrar com eficiência e transparência todas as etapas do ciclo contratual, da elaboração à execução, conectando departamentos jurídicos, de compras, vendas e financeiro em um único ecossistema digital. Estudos recentes mostram que organizações que adotam soluções de CLM conseguem reduzir em até 50% o tempo de tramitação de contratos e diminuir em 30% o índice de não conformidades jurídicas. Os números reforçam uma tendência inequívoca, a automação de contratos deixou de ser uma vantagem competitiva para se tornar um requisito de sobrevivência no cenário empresarial atual. O que é automação de contratos Automação de contratos é o uso de tecnologia para simplificar e controlar todas as etapas do ciclo de vida de um contrato — desde a solicitação e redação até a assinatura, execução, renovação e arquivamento. No contexto do CLM (Contract Lifecycle Management), a automação engloba: Geração automática de documentos a partir de modelos (templates padronizados); Aprovação digital e fluxos automatizados com trilhas de auditoria; Assinatura eletrônica juridicamente válida; Controle de versões e alertas sobre prazos e obrigações; Relatórios e dashboards com indicadores de desempenho contratual. Mais do que digitalizar processos, a automação transforma o contrato em ativo estratégico , garantindo padronização, compliance e visibilidade total sobre os riscos e obrigações da organização. Principais benefícios da automação de contratos 1. Eficiência operacional e redução de custos A automação elimina etapas manuais repetitivas, reduz erros e acelera o tempo de ciclo contratual. Processos que antes levavam dias, como coleta de assinaturas, revisões e aprovaçõe, passam a ser realizados em horas. Empresas que adotam CLM relatam redução de até 80% no tempo de tramitação interna e aumento de até 25% na produtividade das equipes jurídicas . Além disso, a eliminação de tarefas burocráticas libera profissionais para atividades estratégicas, como análise de riscos e melhoria de cláusulas contratuais. 2. Mitigação de riscos e fortalecimento do compliance O controle manual de versões, aprovações e prazos é um dos maiores fatores de risco jurídico. A automação cria um ambiente de governança transparente e auditável , onde cada etapa é registrada digitalmente. Com ferramentas baseadas em inteligência artificial , é possível identificar cláusulas sensíveis, comparar versões, padronizar termos e assegurar conformidade com normas internas e legislações como a LGPD . O resultado é uma operação mais segura, rastreável e aderente às políticas corporativas. 3. Visibilidade e controle em tempo real A automação oferece painéis e relatórios customizáveis que mostram o status de cada contrato: em elaboração, em aprovação, assinado, ativo ou encerrado. Os indicadores permitem às lideranças tomar decisões baseadas em dados (data-driven), antever riscos, renegociar contratos estratégicos e garantir que nenhuma obrigação seja esquecida. Em auditorias e fiscalizações, a rastreabilidade dos documentos e aprovações se torna diferencial decisivo. 4. Padronização e escalabilidade Ao substituir fluxos manuais por workflows automatizados, a empresa assegura uniformidade nos modelos de contrato e consistência nas cláusulas jurídicas, o que reduz ambiguidades, falhas interpretativas e retrabalho. Além disso, a escalabilidade é imediata: quanto mais contratos forem processados, menor será o custo marginal de operação. 5. Integração e transformação digital A automação de contratos é a ponte entre o jurídico e a transformação digital corporativa. Ao integrar o CLM a sistemas de ERP, CRM e RH, a organização passa a operar de forma totalmente conectada. Com o uso de APIs e inteligência de dados, o contrato deixa de ser um arquivo isolado e passa a refletir a dinâmica real dos negócios , tornando-se elemento vivo e estratégico para gestão e inovação. Etapas para implementar a automação de contratos 1. Diagnóstico e mapeamento de processos O primeiro passo é compreender o fluxo contratual atual, onde surgem gargalos, quais áreas participam, quais são os prazos e riscos mais comuns. Essa etapa permite construir um mapa claro do ciclo de vida contratual e definir oportunidades de automação. 2. Definição de objetivos e indicadores Toda automação deve ser orientada a resultados. Defina metas como: Reduzir o ciclo de aprovação em X dias; Aumentar a taxa de contratos assinados dentro do prazo; Eliminar retrabalhos e perdas de prazos. Esses KPIs (Key Performance Indicators) servirão para mensurar o ROI da automação e demonstrar seu impacto estratégico. 3. Escolha da plataforma de CLM adequada A seleção da tecnologia é decisiva. Avalie se a solução: Oferece fluxos personalizáveis e integrações com outros sistemas; Suporta assinaturas eletrônicas e gestão de permissões; Permite análise de cláusulas e alertas automáticos; Possui certificações de segurança e compliance (ISO 27001, GDPR, LGPD). Nota: Ferramentas como a aDoc destacam-se por oferecer integração entre criação, aprovação e execução contratual , em uma única interface simples e segura. 4. Padronização de modelos e fluxos Com o apoio do jurídico, desenvolva modelos contratuais padronizados e defina fluxos de aprovação conforme a hierarquia e o tipo de contrato, o que garante consistência e elimina versões divergentes de um mesmo documento. A criação de bibliotecas de cláusulas e templates inteligentes também acelera a elaboração e minimiza erros. 5. Treinamento e engajamento das equipes A automação exige mudança cultural. Envolva jurídico, compras, comercial e TI desde o início. Promova workshops, mostre resultados e benefícios práticos, como tempo poupado e riscos mitigados, para gerar adesão genuína. 6. Implantação e monitoramento contínuo Com a solução em operação, monitore os resultados e ajuste fluxos conforme o aprendizado. Revise periodicamente os modelos contratuais, atualize cláusulas conforme mudanças legais e acompanhe indicadores de performance. O sucesso da automação depende de melhoria contínua e governança ativa. Desafios Comuns da Automação de Contratos e Como Superá-los Embora os benefícios da automação de contratos sejam amplamente reconhecidos, a transição para um modelo digital e integrado de Contract Lifecycle Management (CLM) não ocorre sem obstáculos. O processo exige mudanças estruturais, revisões de fluxo, treinamento de equipes e adequações tecnológicas que podem gerar resistência ou insegurança nos primeiros estágios de implementação. Com base na experiência de mercado e nas tendências destacadas em publicações especializadas, é possível identificar os principais desafios enfrentados pelas empresas e as melhores estratégias para superá-los. 1. Resistência à mudança e adoção cultural insuficiente O fator humano é, frequentemente, o maior desafio na adoção de soluções de automação. Profissionais habituados a processos manuais — com revisões por e-mail, pastas compartilhadas e aprovações informais — tendem a perceber o novo sistema como complexo ou ameaçador. Em áreas jurídicas tradicionais, há também o receio de perda de controle sobre os documentos ou a crença de que a tecnologia pode “padronizar demais” o trabalho jurídico. Superar esse obstáculo requer uma abordagem gradual e comunicativa. O ideal é que o projeto de automação não seja imposto, mas construído de forma colaborativa . Envolver desde o início representantes das áreas-chave (jurídico, compras, vendas, financeiro) favorece o engajamento e a percepção de valor. Além disso, demonstrar resultados rápidos, como a redução de tempo de assinatura ou a eliminação de retrabalho, ajuda a criar um ciclo de confiança e adesão natural. Programas de capacitação contínua e campanhas internas de comunicação são igualmente importantes para transformar o uso da tecnologia em cultura organizacional , e não apenas em ferramenta de curto prazo. 2. Integração com sistemas legados e falta de interoperabilidade Outro desafio recorrente é a dificuldade de integrar o CLM a sistemas corporativos já existente s , como ERPs , CRMs, plataformas de RH e repositórios documentais. Quando o ambiente tecnológico da empresa é fragmentado, cada sistema opera em um silo próprio, o que impede a fluidez das informações e reduz a efetividade da automação. Isso gera duplicidade de dados, inconsistências e, em alguns casos, retrabalho manual para alimentar diferentes plataformas. A solução está em planejar a automação de forma estratégica e interoperável , priorizando ferramentas que ofereçam APIs abertas, conectores nativos e compatibilidade com o ecossistema de software da empresa. Antes da implantação, recomenda-se realizar um mapeamento detalhado da infraestrutura tecnológica — identificando pontos de integração críticos e possíveis gargalos. Um CLM realmente eficiente deve conversar com os sistemas de gestão contratual, fiscal e operacional, permitindo, por exemplo, que o fechamento de um contrato dispare automaticamente um pedido de compra, ou que o vencimento de uma cláusula gere uma notificação contábil ou de compliance. Ao garantir essa integração, a automação passa de ferramenta isolada a componente central da arquitetura digital corporativa. 3. Qualidade, organização e migração de dados contratuais Muitas organizações iniciam o processo de automação com bases contratuais desorganizadas, incompletas ou não digitalizadas. Documentos em diferentes versões, assinaturas físicas arquivadas em pastas, ausência de controle de prazos e nomenclaturas inconsistentes são obstáculos comuns que comprometem a confiabilidade das informações. Sem uma base sólida, qualquer sistema automatizado corre o risco de replicar desorganização em escala digital. Por isso, antes de implantar o CLM, é indispensável realizar uma etapa preparatória de saneamento e qualificação dos dados. Digitalização de contratos físicos, padronização de nomenclaturas, categorização por tipo e status (ativo, encerrado, em renovação), validação de versões e registro das principais cláusulas são as principais etapas do CLM. Empresas que negligenciam essa fase costumam enfrentar atrasos, inconsistências e perda de rastreabilidade após a automação. Portanto, investir em uma governança documental robusta antes da migração é a melhor forma de assegurar que a automação resulte em controle real e não apenas em digitalização superficial. 4. Segurança da informação e conformidade com legislações Com contratos tramitando digitalmente, a segurança da informação assume papel central. Os documentos contratuais contêm dados sensíveis — pessoais, financeiros, comerciais e estratégicos e qualquer falha de controle pode gerar riscos jurídicos, reputacionais e financeiros. Além disso, as organizações precisam atender às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a padrões internacionais de segurança, como a ISO 27001 e o GDPR europeu. O desafio está em garantir que o ambiente de automação seja seguro, auditável e em conformidade com as normas vigentes . Para isso, é fundamental escolher plataformas que ofereçam criptografia ponta a ponta, autenticação multifator, gestão granular de permissões de acesso e registro detalhado de logs de atividade. Também é recomendável realizar auditorias periódicas e avaliações de vulnerabilidade (penetration tests), especialmente em ambientes integrados com outros sistemas. 5. Custos de implantação e percepção de ROI Um dos equívocos mais frequentes na etapa de decisão é enxergar a automação de contratos apenas como custo, e não como investimento estratégico. A implementação de um CLM exige orçamento inicial para tecnologia, integração e treinamento, o que pode gerar resistência de áreas financeiras, sobretudo em empresas com estruturas enxutas. Contudo, o verdadeiro desafio não está apenas no custo de implantação, mas na mensuração do retorno sobre o investimento (ROI). Os benefícios da automação, como agilidade, mitigação de riscos, aumento da produtividade e redução de litígios, são muitas vezes intangíveis ou indiretos, e precisam ser traduzidos em indicadores concretos. Conclusão A automação de contratos é a espinha dorsal da modernização jurídica corporativa. Ela redefine a relação entre áreas, aumenta a previsibilidade e transforma a gestão contratual em fonte de vantagem competitiva. Empresas que adotam CLM de forma estratégica reduzem custos, mitigam riscos e fortalecem sua governança — consolidando o jurídico como protagonista da transformação digital. Quer descobrir como automatizar o ciclo contratual da sua empresa com eficiência e segurança?  Fale com a equipe da aDoc e conheça uma solução completa de gestão e automação de contratos.