Gestão de contratos - o que é, etapas e benefícios

aDoc • 5 de junho de 2025

Gestão de contratos - o que é, etapas e benefícios

Gestão de contratos é a estratégia para otimizar custos, mitigar riscos, minimizar disputas e garantir eficiência nos processos contratuais empresariais. Entenda as principais etapas, recursos e ferramentas necessárias para criar a sua estratégia de gestão de contratos.

O que é gestão de contratos?

A gestão de contratos refere-se ao processo de gerenciamento completo do ciclo de vida de um contrato. Isso inclui a criação, execução, monitoramento e eventual encerramento ou renovação de contratos. Um processo bem estruturado garante que todos os prazos, condições e obrigações estabelecidas sejam cumpridos, evitando penalidades e otimizando o uso dos recursos. Um contrato bem gerido pode prevenir disputas, melhorar o relacionamento entre as partes e, em última análise, reduzir custos operacionais e financeiros.

A gestão eficiente dos contratos envolve diversas atividades, como a definição dos termos, a negociação entre as partes, a verificação da conformidade e o acompanhamento da execução de cada cláusula. Além disso, é importante contar com um sistema que permita monitorar e registrar todas as interações e atualizações relacionadas ao contrato, como veremos neste artigo.

Razões para implementar um processo eficaz de gestão de contratos

Independentemente do setor ou do tamanho de uma organização, os contratos formam a base de todos os relacionamentos de negócios. Eles regulam as interações com fornecedores, clientes, parceiros e até mesmo colaboradores. Portanto, gerenciar contratos de forma eficaz é fundamental para assegurar que as obrigações contratuais sejam cumpridas e que a empresa maximize o retorno desses acordos.

A seguir listamos principais motivos pelos quais uma gestão de contratos eficiente é essencial.

Redução de riscos

Um processo de gestão de contratos bem definido é fundamental para mitigar riscos, especialmente em relação à não conformidade com os termos acordados. Quando há clareza sobre os prazos, responsabilidades e entregas, diminui-se o risco de litígios, disputas ou até a interrupção de serviços. De acordo com um estudo da Deloitte, empresas que utilizam sistemas de gestão de contratos conseguem reduzir em até 30% os riscos relacionados a falhas de conformidade contratual.

Controle de custos

O monitoramento contínuo de contratos oferece uma visão clara das despesas e ajuda a evitar custos imprevistos ou desnecessários. Empresas que utilizam ferramentas automatizadas de gestão de contratos reportam uma economia média de 10-20% nos custos relacionados a contratos, segundo um levantamento da International Association for Contract and Commercial Management (IACCM).

Otimização do desempenho

A gestão contínua de contratos não só monitora o cumprimento dos termos acordados, mas também possibilita avaliar o desempenho dos fornecedores e parceiros de forma mais eficiente. Isso garante que os contratos gerem o valor esperado para a empresa. Segundo a Gartner, empresas que utilizam processos de avaliação de desempenho de fornecedores conseguem aumentar em até 25% a produtividade de seus parceiros comerciais.

Conformidade regulatória

Garantir que os contratos estejam em conformidade com as regulamentações vigentes é essencial para evitar penalidades legais, que podem ser severas e prejudiciais à reputação da empresa. A conformidade também evita problemas com auditorias e assegura que as práticas da empresa estejam de acordo com leis como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil ou o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na Europa. De acordo com uma pesquisa da PwC, 69% das empresas foram multadas ou notificadas por falhas em conformidade contratual.

Aumento da eficiência operacional

Automatizar o processo de gestão de contratos pode reduzir significativamente o tempo gasto em tarefas administrativas, como a revisão de cláusulas, monitoramento de prazos e acompanhamento de renovações. Segundo a Forrester, empresas que adotam softwares de automação de contratos conseguem aumentar a eficiência operacional em até 60%, reduzindo o tempo de ciclo de contratos em média de 20 para 8 dias.

Riscos e desafios comuns ao gerenciar contratos

  • Risco de não conformidade

Quando uma das partes não cumpre suas obrigações contratuais, os prejuízos podem ser substanciais, tanto financeiros quanto operacionais. De acordo com a International Association for Contract and Commercial Management (IACCM), cerca de 9% das receitas anuais de uma empresa podem ser perdidas devido à má gestão de contratos.

Por exemplo, se uma empresa de transporte não cumpre os termos de entrega de um contrato logístico, isso pode levar a interrupções no fornecimento, perdas de vendas ou penalidades contratuais impostas pela parte contratante. Ou seja, empresas que não monitoram a conformidade de perto acabam expostas a riscos desnecessários.

  • Risco financeiro

Contratos mal geridos podem resultar em pagamentos indevidos, duplicação de faturas ou multas por descumprimento de cláusulas. Segundo uma pesquisa da Forrester, cerca de 20% dos contratos empresariais levam a algum tipo de perda financeira devido a falhas na gestão.

  • Risco operacional

A ausência de monitoramento das obrigações contratuais pode afetar diretamente a operação da empresa. Isso é particularmente crítico em setores onde a continuidade de serviços ou fornecimento de insumos é essencial. Um estudo da McKinsey identificou que 65% das empresas enfrentam atrasos operacionais relacionados à má gestão de contratos com fornecedores.

  • Risco jurídico

Termos contratuais mal definidos ou a falta de acompanhamento das obrigações podem resultar em disputas legais, que muitas vezes se arrastam por longos períodos e geram custos elevados. De acordo com dados da PwC, cerca de 35% das empresas já enfrentaram disputas jurídicas diretamente relacionadas à má definição de cláusulas contratuais. Em contratos internacionais, o risco jurídico pode ser ainda maior devido às diferenças entre legislações de países distintos.
 

Práticas a serem adotadas para mitigação de riscos

  • Revisão criteriosa dos termos contratuais: É fundamental que cada contrato seja revisado por um especialista antes da assinatura, garantindo que todas as cláusulas sejam claras e justas.
  • Gestão dedicada: A designação de gestores de contratos que monitorem o cumprimento de prazos, entregas e obrigações assegura que a empresa esteja sempre alinhada com as expectativas contratuais.
  • Automatização e monitoramento contínuo: O uso de softwares de gestão de contratos como um CLM ajuda a manter registros detalhados e atualizados sobre o status de cada contrato, permitindo alertas automáticos sobre prazos e vencimentos.

Etapas da gestão de contratos

  • Solicitação

Esta é a fase inicial do ciclo de vida de um contrato, onde uma das partes manifesta a necessidade de criar um novo acordo ou renegociar um contrato existente. Nesta etapa, são coletadas informações como o escopo do contrato, prazos, valores e expectativas das partes envolvidas. De acordo com uma pesquisa da Aberdeen Group, 60% dos profissionais de gestão de contratos identificaram que falhas na coleta de informações durante a solicitação resultam em cláusulas inadequadas.

  • Criação

Após a solicitação, a fase de criação envolve a redação do contrato com todas as cláusulas, prazos, condições e detalhes acordados. O contrato deve ser claro e preciso, evitando termos ambíguos que possam gerar interpretações conflitantes. Um estudo da KPMG mostra que 43% dos contratos mal redigidos resultam em litígios desnecessários.

  • Aprovação e revisão

Uma vez redigido, o contrato passa por um processo de revisão interna e externa para garantir que todas as cláusulas estejam em conformidade com as leis e os interesses das partes envolvidas. Estatísticas da Forrester indicam que 67% das empresas têm um processo formal de revisão para evitar cláusulas problemáticas.

  • Negociação

Durante a fase de negociação, as partes podem propor alterações nas cláusulas do contrato, buscando um equilíbrio entre seus interesses. Segundo a American Bar Association, cerca de 30% dos contratos corporativos passam por negociações intensas antes de serem finalizados.

  • Assinatura

Depois de todas as revisões e negociações, a assinatura formaliza o contrato, tornando-o juridicamente vinculante. Neste momento, é importante garantir que todas as partes estejam cientes das implicações legais e obrigações decorrentes do contrato. O uso de assinaturas digitais tem crescido significativamente, com um aumento de 278% desde 2020, conforme relatado pela DocuSign, facilitando esse processo.

  • Armazenamento

Após a assinatura, o contrato deve ser armazenado de maneira organizada e acessível, para que possa ser consultado ao longo de sua vigência. Empresas que utilizam software de gestão de contratos podem acessar rapidamente contratos assinados para verificar obrigações, prazos e termos, o que ajuda na eficiência do monitoramento.

Segundo uma pesquisa da Gartner, 88% das empresas que utilizam sistemas de gestão de contratos automatizados têm maior eficiência no armazenamento e acesso aos documentos.

  • Cumprimento

A partir da assinatura, é necessário garantir que todas as partes estejam cumprindo suas obrigações, como prazos de entrega, pagamentos e outros termos acordados. Por exemplo, se um contrato de fornecimento estipula entregas mensais de produtos, ambas as partes precisam garantir o cumprimento rigoroso do cronograma e dos volumes acordados para evitar multas ou disputas. De acordo com um estudo da EY, 57% das empresas afirmam que o não cumprimento de contratos gera perda de confiança e futuros negócios.

  • Gestão e renovação

Durante a vigência do contrato, é fundamental monitorar prazos de renovação e desempenho, analisando se as condições iniciais ainda são favoráveis. Muitos contratos preveem renovação automática, o que pode ser vantajoso ou prejudicial, dependendo das circunstâncias. Um estudo da Deloitte revela que a gestão inadequada de prazos de renovação resulta em até 15% de perda de receitas anuais.

Como a tecnologia pode auxiliar na gestão de contratos

A tecnologia desempenha um papel cada vez mais importante na gestão de contratos, especialmente em grandes organizações que lidam com um grande volume de documentos. O CLM (Contract Lifecycle Management) automatizam muitas das etapas do processo, desde a criação até o acompanhamento das obrigações contratuais, permitindo maior controle e eficiência.

Entre os benefícios de usar uma plataforma CLM estão:

  • Automação de tarefas repetitivas

Reduz o tempo gasto com tarefas manuais, como a revisão de contratos e o envio de documentos para assinatura.

  • Monitoramento em tempo real

Permite acompanhar o desempenho dos contratos em tempo real, identificando rapidamente quaisquer falhas no cumprimento das obrigações.

Integração com outras ferramentas: As plataformas CLM podem ser integradas com sistemas de gestão financeira e de recursos humanos, facilitando o controle de pagamentos e o cumprimento de prazos.

  • Redução de custos operacionais

Ao monitorar e renegociar contratos de forma eficaz, as empresas podem reduzir desperdícios e otimizar seus gastos.

  • Maior conformidade regulatória

Um processo bem gerido assegura que a empresa esteja em conformidade com todas as exigências legais, evitando multas e penalidades.

  • Melhora no relacionamento com fornecedores e clientes

A clareza nas obrigações contratuais contribui para relações comerciais mais transparentes e duradouras.

Ou seja, uma gestão de contratos eficaz vai além da simples administração de documentos; trata-se de maximizar o valor de cada contrato e assegurar que todos os aspectos contratuais sejam geridos de forma adequada e em conformidade com as regulamentações.


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Por que a improvisação ainda compromete a gestão de contratos A cultura do improviso transforma a gestão de prazos em exercício de reação. Muitas organizações tratam renovações e vencimentos como eventos isolados. Reagem quando o prazo já está próximo. Renovam sem revisão de cláusulas. Assumem aumentos de custo porque não houve planejamento prévio. Acúmulo de despesas, renovação automática indesejada e perda de oportunidades de renegociação são consequências previsíveis quando não existe disciplina no controle. Negócios que trabalham com maturidade contratual seguem outra lógica. O ciclo do contrato passa a ser visto como processo contínuo, integrado à governança e ao planejamento. Revisões periódicas, registro de datas críticas e análises de performance dos fornecedores criam previsibilidade. As decisões deixam de ser motivadas pela urgência e passam a ser guiadas por critérios de custo, risco e estratégia. Organizações que abandonam o improviso percebem valor direto no controle. O gerenciamento de prazos influencia orçamento, relacionamento com parceiros, continuidade operacional e até competitividade. A previsibilidade contratual representa vantagem que não depende de sorte. Depende de método. Impactos diretos de um prazo perdido Perder prazos não representa apenas um problema operacional. A repercussão atinge dimensões estratégicas e jurídicas, como: multas e penalidades aplicadas por fornecedores e parceiros renovação automática indesejada bloqueio de serviço ou suspensão de fornecimento perda de garantias, condições especiais e nível de serviço aumento de custos por reajuste não negociado litígios por falha contratual quebra de compliance e governança Renovações e vencimentos pedem governança A gestão tradicional sempre soube trabalhar com antecedência, calendário e registro. Processos sólidos se constroem com previsibilidade e disciplina. O universo digital apenas potencializou essa lógica. O software opera como reforço da governança. Não como substituto do método clássico. Renovar, encerrar ou renegociar contratos exige informações confiáveis e determinantes como: quando o contrato termina qual o prazo de aviso prévio quem carrega a responsabilidade pela negociação quais cláusulas condicionam a renovação qual o histórico daquele fornecedor O ponto crítico: centralização do ciclo contratual Gestão manual, fragmentada e dependente de planilhas tende à vulnerabilidade. Cada novo contrato replica o risco, visto que o software não cumpre apenas a função de digitalizar documentos. A organização das etapas e a automação de alertas reduzem a dependência de memória ou boa vontade. Um CLM como aDoc disponibiliza: controle centralizado do ciclo contratual alertas automáticos de vencimentos e prazos críticos renovação programada e documentada histórico consolidado de negociações workflow com responsáveis e aprovação formal registro de decisões e documentos Renovação contratual estratégica representa decisão Contratos chegam ao vencimento diariamente. A questão central envolve o modelo de gestão adotado. Organizações com maturidade contratual tratam renovação e vencimento como decisão estratégica. Cada ciclo representa um momento de avaliação e não apenas uma continuidade automática. Renovar Renovar um contrato significa validação do desempenho e continuidade da relação jurídica. A renovação ocorre quando o fornecedor atende requisitos de qualidade, preço e governança. A decisão deve se apoiar em métricas e indicadores. Empresas que renovam sem análise assumem riscos de custo e qualidade. Renegociar Renegociação representa oportunidade de ajustar preços, prazos, escopo e indicadores de desempenho. Negócios que trabalham com previsibilidade utilizam o período de pré-renovação para melhorar condições e revisar obrigações. Renegociar fortalece o contrato e reduz vulnerabilidades no ciclo seguinte. Encerrar Encerrar um contrato faz parte da gestão profissional. O encerramento estratégico evita continuidade de serviços desnecessários, elimina custos e libera recursos. Decisão de término exige revisão documental, obrigações pendentes e planejamento de transição para evitar impacto operacional. Reestruturar escopo Reestruturação de escopo ocorre quando o serviço precisa ser adaptado a novas demandas. Mudanças tecnológicas, aumento de portfólio ou redução de atividade exigem revisão. Alterações bem planejadas evitam aditivos imprecisos e previnem judicializações por falhas contratuais. Substituir fornecedor Substituição de fornecedor pede análise de risco, qualificação e compliance. Empresas maduras planejam transição, definem critérios de performance e buscam fornecedores com maior aderência ao resultado esperado. A troca sem método resulta em descontinuidade e perda de qualidade. Consolidar contratos Consolidação reduz custo, simplifica gestão e minimiza risco. Contratos dispersos geram redundâncias e aumento dos custos administrativos. A consolidação também facilita auditorias e controles internos. Nota : Processos previsíveis sustentam decisões consistentes. Quando a gestão depende de lembretes informais ou planilhas descentralizadas, a previsibilidade se perde. A ausência de método abre margem para multas, renovação automática, falhas de comunicação e litígios. Organizações que tratam renovação como decisão estruturada eliminam riscos jurídicos e financeiros e fortalecem governança. O valor final de uma boa gestão de prazos Prazos funcionam como termômetro da saúde contratual. Uma única falha costuma custar muito mais do que o valor do contrato. Controle elimina improviso. Software reduz margem de erro. Método padronizado protege a operação. A pergunta permanece válida e provocativa. Você ainda perde prazos ou sua empresa já trata renovações e vencimentos como parte de uma gestão profissional de contratos? A administração contratual de alto nível combina tradição e tecnologia. Negócios que dominam esse ciclo operam com uma vantagem que nenhuma concorrência compensa. A maturidade contratual começa com método Controle de prazos, renovação estratégica e centralização do ciclo contratual elevam a performance da gestão. A aDoc estrutura contratos com segurança, reduz riscos e fortalece decisões. Domine o ciclo de vida contratual com previsibilidade e tecnologia. Conheça a aDoc e transforme sua gestão de contratos
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