4 tarefas que podem ser automatizadas em um escritório jurídico

aDoc • 21 de outubro de 2021

A tecnologia mudou (e continua mudando) a vida das pessoas e a sua forma de atuação no trabalho. Isso também vale para as profissões jurídicas, que atualmente se veem confrontadas com o paradigma da automatização de parte da atividade conduzida pelos advogados e setores jurídicos.

 No entanto, como já sabemos, automatizar os processos abre possibilidades para economizar tempo com entregas mais rápidas e então dedicá-lo aos clientes, melhorando cada vez mais o relacionamento e a carteira de clientes do escritório jurídico.

Se você for responsável por um escritório de advocacia, você entenderá por que a automação de algumas tarefas no seu dia a dia pode economizar tempo e dinheiro. Vamos começar! 

1- Gerenciar e emitir cobranças

De acordo com estudos de tendências jurídicas, 14% de todas as horas faturadas aos clientes nunca são pagas. Os motivos para essas horas não pagas variam, desde a incapacidade do cliente de pagar suas contas jurídicas até a negligência dos escritórios de advocacia em acompanhar e registrar suas faturas.

De qualquer forma, essas horas não pagas aumentam com o tempo, deixando para os escritórios lidar com essas quedas significativas de receita. 

Além disso, a maioria das empresas deseja acelerar o processo de cobrança, mas não pode se dar ao luxo de sacrificar a precisão ou a conformidade. Às vezes, as faturas podem voltar do cliente para várias rodadas de ajustes, potencialmente adicionando dias e semanas ao ciclo de cobranças.

O benefício mais óbvio da automação do faturamento e cobranças é que, com os pagamentos eletrônicos, as contas são pagas mais rapidamente. Isso torna as cobranças mais fáceis e economiza tempo no monitoramento de contas vencidas. 

No entanto, há uma série de outros benefícios que vão além do pagamento real. A tecnologia de faturamento moderna cria uma trilha de auditoria para responsabilidade. Um cliente pode contestar uma cobrança várias semanas ou meses depois.  Com ferramentas de automação de cobrança, você tem a capacidade de auditar e rastrear alterações como uma transição de pré-faturamento para uma fatura.

2 - Automação de marketing

A automação de marketing visa que as empresas atinjam seus objetivos em menos tempo com priorização e execução eficiente e ágil das atividades de marketing por meio de um software que automatiza todos os processos contemplados em uma estratégia de marketing.

Com a automação, é mais fácil orientar os clientes potenciais através do funil de vendas. E, felizmente, a automação de marketing não está mais disponível apenas para grandes empresas capazes de fazer um grande investimento. Agora, empresas B2B ou B2C, assim como escritórios jurídicos de todos os tamanhos podem adotar software de automação para implementar uma estratégia de marketing digital eficaz.

Da mesma forma, a integração completa com o CRM garante o acompanhamento e a manutenção do contato através dos múltiplos canais disponíveis, todos em uma única plataforma, permitindo ganhar consistência e reunir todos os seus esforços de marketing em um único processo.

3 - Automação de documentos

automação de documentos é exatamente o que parece - criação de documentos mais rápida e fácil. Assim como os programas de software de declaração de impostos, as ferramentas de elaboração automatizada de documentos funcionam apresentando aos usuários um questionário que eles podem preencher facilmente com suas informações.

As respostas são coletadas e registradas automaticamente. Essas informações podem ser inseridas em um modelo de documento e submetidas para aprovação. Além de ser capaz de agilizar o processo de redação de documentos jurídicos complexos, a automação de documentos também permite que as empresas reduzam sua dependência de horas faturáveis. Você pode repassar essas economias para seus clientes, ao mesmo tempo em que aumenta a lucratividade da empresa.

Em vez de demorar dias, os documentos podem ser redigidos em minutos, com menos erros, custos e ineficiências que afetam o processo de redação tradicional. 

Outro benefício importante da automação de documentos é ser capaz de compartilhar e reter conhecimento em sua empresa. Quando um advogado sai para trabalhar em outra firma, sua experiência pode, em parte, permanecer na firma na forma desses modelos de documentos automatizados, ajudando assim a preencher as lacunas de conhecimento que podem ocorrer após sua saída. 

4 - Comunicações com o cliente

A automação pode ajudar a reduzir o tempo necessário para processos como cadastro de clientes, faturamento e elaboração de documentos. No entanto, isso não deve impedir a comunicação de alta qualidade e pessoal a quem seu escritório presta serviço. 

Antes do advento da tecnologia moderna de comunicação, como e-mail, SMS e reuniões virtuais, os advogados tinham que passar grande parte do dia falando ao telefone ou viajando até os clientes para consultas pessoais, muitas vezes com grandes despesas. Muitos escritórios de advocacia continuam operando dessa forma.

No entanto, com a telecomunicação moderna, os advogados ainda podem manter aquele toque pessoal sem ter que gastar tanto tempo e dinheiro. Nesse sentido, a automação também pode ser uma forte aliada. Isso o ajudará a reduzir processos tediosos e comunicações de rotina simples, deixando mais espaço e tempo para interações pessoais de maior qualidade. 

Por exemplo, um cliente novo e ansioso em busca de uma atualização sobre seu caso não será deixado de lado com uma resposta automática. No entanto, para um cliente que simplesmente deseja ser notificado quando o valor para a liquidação por danos pessoais chegar, a comunicação automatizada resolve.

A automação não deve substituir o serviço pessoal empático e oportuno que cada cliente espera. Mas em alguns casos, a resposta rápida possibilitada pela automação é a mais empática, porque é o que o cliente deseja. 

Uma forma de tecnologia automatizada é um chatbot baseado em IA. Eles podem ser usados ​​para responder a consultas de clientes e, para casos simples, podem até ser programados para fornecer alguns tipos de aconselhamentos jurídicos. Para as empresas, a capacidade de automatizar interações simples se traduz em muitas economias.

Com as ferramentas de automação, você também pode enviar e-mails automatizados para os clientes para mantê-los em contato e manter um relacionamento contínuo. Também é possível utilizar ferramentas que fornecem atualizações automáticas aos clientes sobre o andamento dos seus processos, reduzindo o volume de consultas que chegam ao escritório, além de proporcionar uma melhor experiência aos seus clientes.

Conclusão

Como a digitalização não para nos escritórios de advocacia, você deve estar preparado. Se você decidir seguir o caminho do escritório sem papel, pode simplificar sua administração e comunicação. Os documentos se criam virtualmente. Enquanto isso, você pode se concentrar em casos mais complexos. Além disso, surgem novas áreas de negócios, como serviços jurídicos de fácil acesso na nuvem.

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Um levantamento do Jusbrasil (2024) aponta que 55,1% dos juristas brasileiros já utilizam ferramentas de inteligência artificial , sobretudo para pesquisa jurídica e análise de documentos. O dado é relevante, mas esconde um problema estrutural, a IA aplicada sobre processos caóticos tende a amplificar gargalos, não resolvê-los. Sem organização prévia de documentos, contratos, prazos e responsabilidades, a IA generativa perde eficácia. Em vez de ganho de produtividade, surgem retrabalhos, inconsistências e decisões mal informadas. O resultado é um escritório mais tecnológico na aparência, mas igualmente ineficiente na prática. A pressão se intensifica quando se considera que o tempo médio de tramitação processual no Brasil ultrapassa quatro anos , exigindo acompanhamento contínuo, controle rigoroso de prazos e gestão de equipes sobrecarregadas, tudo isso em um mercado com honorários cada vez mais pressionados. Crescer sem organizar é crescer errado Muitos escritórios ainda confundem volume de processos com sucesso. Crescem de forma reativa, aceitando mais demandas do que conseguem gerenciar, sem estrutura mínima de governança financeira, gestão de pessoas ou controle documental. O resultado costuma ser previsível, alta rotatividade, perda de qualidade técnica, desgaste da equipe e margens cada vez menores. Para 2026, esse modelo tende a se tornar inviável. Tendências como automação de workflows jurídicos, computação em nuvem, análise de dados e atuação multidisciplinar exigem uma reestruturação profunda da forma como o escritório opera. Um escritório que deixa de atuar apenas de forma reativa e passa a usar dados históricos para: precificar serviços com maior precisão; prever gargalos operacionais; delegar tarefas com base em capacidade real da equipe; monitorar produtividade e rentabilidade por área ou cliente. Estudos setoriais indicam que esse tipo de abordagem pode elevar a produtividade em até 40% , sem aumento proporcional de custos, um ganho decisivo em um mercado saturado. Organização como estratégia, não como burocracia A transição para esse novo modelo não é opcional. Investir em organização é investir em governança, previsibilidade e sustentabilidade do negócio jurídico, o que envolve alinhar a expertise técnica do advogado a um ecossistema integrado de: gestão de documentos; gestão de contratos (CLM); automação de fluxos internos; uso responsável e estratégico de IA aplicada ao Direito. Organizar o escritório jurídico, portanto, não significa apenas “arrumar a casa”, mas criar uma base sólida para decisões estratégicas, crescimento controlado e diferenciação competitiva. Como planejar a organização do escritório jurídico para 2026? Planejar a organização de um escritório jurídico para 2026 exige uma visão estratégica orientada por dados, capaz de lidar com desafios estruturais do Brasil, como a lentidão do Judiciário e a elevada concorrência profissional. O primeiro passo é diagnóstico. Avalie indicadores básicos, mas frequentemente ignorados: taxa de rotatividade da equipe; tempo médio dedicado por processo ou contrato; fluxo de caixa mensal e previsibilidade de receitas; volume de retrabalho causado por falhas de comunicação ou controle documental. Com base nesse diagnóstico, defina metas SMART (específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais). Um exemplo prático é reduzir em 30% o tempo de tramitação interna de documentos e contratos por meio de automação e padronização. A partir disso, construa um roadmap trimestral , priorizando a eliminação de processos manuais críticos, como: emissão e controle de procurações; gestão de contratos ativos; acompanhamento de prazos e audiências; organização de documentos sensíveis. Ferramentas de IA podem e devem ser integradas, especialmente para previsão de demandas e análise documental, mas sempre sobre uma base organizada. Vale lembrar que mais da metade dos advogados já usa IA , o diferencial agora está em como ela é integrada ao fluxo de trabalho. Outro ponto é a conformidade regulatória. Adeque o escritório à LGPD , implemente controles de acesso à informação e utilize meios de pagamento ágeis, como o Pix, para reduzir atritos financeiros. Por fim, rompa com o centralismo excessivo. Delegar tarefas, estruturar lideranças intermediárias e acompanhar KPIs por meio de dashboards em nuvem são medidas que aumentam a escalabilidade e reduzem riscos operacionais. Escritórios que adotam essa abordagem tendem a se tornar referência em eficiência no mercado jurídico nacional. Qual software jurídico adotar para automação em 2026? Em 2026, a escolha de um software jurídico não é mais uma decisão operacional, mas uma escolha estratégica, diretamente ligada à capacidade do escritório de organizar informação, reduzir riscos e gerar inteligência jurídica. Escritórios e departamentos jurídicos que lidam com grande volume de documentos e contratos precisam de plataformas capazes de centralizar, automatizar e dar visibilidade a todo o ciclo de vida da informação jurídica. Um software moderno de gestão de documentos e contratos (CLM) deve automatizar fluxos críticos como: criação e padronização de documentos; controle de versões; aprovação interna; assinatura eletrônica; armazenamento seguro; monitoramento de prazos e obrigações contratuais. Na prática, esse nível de automação pode reduzir 40% a 50% dos erros operacionais , eliminando retrabalho e perdas de prazo que comprometem resultados. O que avaliar em um software de gestão documental e contratual Para 2026, alguns critérios deixam de ser diferenciais e passam a ser obrigatórios: Centralização e rastreabilidade total Todos os documentos e contratos devem estar em um único ambiente seguro, com histórico de versões, registros de alterações e trilha de auditoria completa — base essencial para compliance, governança e segurança jurídica. Automação de workflows jurídicos Plataformas modernas permitem criar fluxos personalizados de revisão, aprovação e assinatura, adaptados à rotina do escritório ou da empresa, eliminando controles paralelos em planilhas, e-mails e pastas físicas. Gestão inteligente de contratos (CLM) É fundamental acompanhar prazos, obrigações, cláusulas críticas, renovações e riscos contratuais, com alertas automáticos e relatórios gerenciais que apoiem decisões estratégicas. Integração com o ecossistema jurídico e corporativo Integrações com ferramentas de assinatura eletrônica, ERPs, CRMs e outros sistemas internos evitam silos de informação e aumentam a eficiência operacional. Segurança da informação e conformidade regulatória Criptografia, controle de acessos, backups automáticos e aderência à LGPD são requisitos básicos — não opcionais. Para grandes escritórios e empresas , soma-se a necessidade de escalabilidade, gestão multiusuário avançada, permissões granulares e integração entre múltiplas áreas e unidades. 10 dicas para organizar seu escritório jurídico 1. Centralize toda a documentação jurídica em um único sistema Documentos dispersos em e-mails, pastas locais e nuvens pessoais são uma das principais fontes de risco e ineficiência. Em 2026, a organização começa pela centralização absoluta de contratos, petições, procurações e documentos sensíveis em uma plataforma única, com controle de versões e trilha de auditoria. Isso reduz perdas de informação, facilita auditorias e aumenta a segurança jurídica. 2. Padronize modelos e fluxos antes de automatizar Automação não corrige processos mal definidos. Antes de implementar tecnologia, revise e padronize modelos de contratos, petições e comunicações internas. Fluxos claros reduzem exceções, facilitam treinamentos e garantem que a automação gere ganhos reais de produtividade. 3. Automatize workflows jurídicos críticos A automação deve começar onde o impacto é maior: criação, revisão, aprovação e assinatura de documentos e contratos. Workflows automatizados eliminam gargalos, reduzem prazos internos e permitem rastrear responsabilidades, algo essencial em equipes híbridas ou remotas. 4. Implemente uma gestão inteligente de contratos (CLM) Contratos não podem ser tratados como arquivos estáticos. Um sistema de CLM permite acompanhar prazos, obrigações, renovações e cláusulas críticas com alertas automáticos. Isso reduz riscos contratuais e transforma contratos em ativos estratégicos, não em passivos ocultos. 5. Use IA como apoio à decisão, não como atalho A inteligência artificial deve ser usada para analisar, comparar e estruturar informações , não para substituir critérios jurídicos. Escritórios organizados utilizam IA para revisar documentos, identificar padrões e apoiar decisões, sempre integrando esses recursos a processos bem definidos. 6. Monitore indicadores de desempenho jurídico (KPIs) Sem métricas, não há gestão. Acompanhe indicadores como tempo médio por processo, taxa de retrabalho, cumprimento de prazos, produtividade por área e rentabilidade por cliente. Dashboards em nuvem permitem ajustes rápidos e decisões baseadas em dados, não em percepção. 7. Estruture a governança financeira do escritório Organização jurídica também é financeira. Separe contas pessoais e empresariais, controle fluxo de caixa, previsibilidade de receitas e inadimplência. Escritórios bem organizados conseguem precificar melhor seus serviços e planejar crescimento com menor risco. 8. Delegue com clareza e documente responsabilidades O modelo centralizador limita a escala. Defina papéis, responsabilidades e níveis de autonomia, registrando processos e decisões. Isso reduz dependência de indivíduos-chave, melhora a continuidade operacional e facilita a integração de novos profissionais. 9. Garanta segurança da informação e conformidade com a LGPD Em 2026, falhas de segurança não são apenas problemas técnicos, mas riscos jurídicos e reputacionais. Controle acessos, registre logs, implemente backups automáticos e políticas claras de tratamento de dados. A organização documental é parte central da conformidade. 10. Escolha tecnologia que acompanhe o crescimento do escritório Evite soluções que resolvem apenas o problema imediato. Priorize plataformas escaláveis, que integrem gestão documental, contratos e automação de workflows. A tecnologia certa sustenta o crescimento sem exigir reestruturações constantes. Quer organizar seu escritório jurídico para 2026 com mais eficiência, segurança e controle? Conheça a aDoc , a plataforma de gestão de documentos e contratos que centraliza informações, automatiza workflows jurídicos e transforma rotinas operacionais em inteligência estratégica.  Solicite uma demonstração e veja como a organização pode se tornar seu maior diferencial competitivo.
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